A produção da atividade da extração vegetal e da silvicultura no Maranhão respondeu ano passado por R$ 584,5 milhões, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todo o Brasil, o valor total das produções foi de R$ 18,5 bilhões.
Somente o valor da produção da extração vegetal maranhense correspondeu a R$ 303 milhões, com destaque para a lenha, ocupando a primeira posição no ranking, pois no ano de 2016 foi registrado um total de 2.094.874 metros cúbicos produzidos, tendo um rendimento superior a R$ 49 milhões no mercado.
Em segundo lugar se encontra o carvão vegetal, com produção de 161.232 toneladas, cujo valor ultrapassou a marca de R$ 120 milhões.
Em todo o Brasil, a produção de carvão vegetal extrativo foi de 544,5 mil toneladas e o principal produtor foi o Maranhão, seguido pelos estados da Bahia (100,5 mil toneladas) e Piauí (72,8 mil toneladas). Entre os municípios, os líderes são Baianópolis (BA), Grajaú (MA), Riachão das Neves (BA) e São Desidério (BA).
Já a silvicultura alcançou no Maranhão o valor de R$ 281,5 milhões ano passado. Em todo o país, a silvicultura (obtida em florestas plantadas), contribuiu com 76,1% (R$ 14,1 bilhões). Os produtos madeireiros foram responsáveis por 97,7% (R$ 13,8 bilhões) e os não madeireiros por 2,3% (R$ 327,0 milhões) do valor de produção da silvicultura.
A pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) investigou 37 produtos oriundos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura de todos os municípios brasileiros. A pesquisa trouxe informações sobre a produção, a variação e a distribuição espacial de produtos madeireiros e não madeireiros, assim como a participação da extração vegetal e da silvicultura no valor da exploração vegetal.
Na avaliação de João Ricardo Costa, Analista e Coordenador de Disseminação de Informações da unidade regional do IBGE no Maranhão, os dados da PEVS representam mais do que um banco de dados, constituindo-se também como direcionamentos para a implementação de políticas públicas para o setor rural.
“Com os números divulgados, é possível elaborar e avaliar políticas públicas voltadas para esse setor da economia, bem como mensurar para o governo, produtores e sociedade em geral como vem ocorrendo o processo de exploração dos recursos vegetais nativos”, avaliou.