Governador Flávio Dino fala ao portal Maranhão Negócios sobre retomada econômica do estado

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Flavio Dino concedeu entrevista exclusiva ao Portal Maranhão Negócios. Foto: Divulgação

O Maranhão Negócios publica hoje a primeira parte da matéria sobre a entrevista com o governador do Maranhão, Flávio Dino. Transformada em vídeo e texto, a entrevista teve duração de 1h e 20 minutos. Ao Portal, o Governador Flávio Dino respondeu às indagações sobre o turismo, a crise econômica brasileira, carga tributária, investimentos oficiais, atração de investimentos, infraestrutura, Porto do Itaqui e Expoema.

A entrevista inicia com o jornalista e idealizador do Maranhão Negócios, Batista Matos, fazendo uma apresentação formal do Portal para, logo em seguida, agradecer a recepção por parte de Flávio Dino e de sua equipe de governo e assessores. Na oportunidade, o governador deseja sucesso à iniciativa e diz acreditar que Maranhão Negócios será um serviço de “grande importância para empresas, empresários, trabalhadores, gestores publico e para a economia do nosso estado”, afirma.

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A primeira pergunta feita a Flávio Dino vem do Jornal Cazumbá. Formulada pelo jornalista Reginaldo Cazumbá trata sobre a promoção dos destinos turísticos do Maranhão de forma perene, e não somente em períodos como o São João e o Carnaval.

O governador fala de como o governo busca uma estratégia segmentada para o setor. Ele faz menção ao turismo de lazer, o ecoturismo, o turismo de aventura, o turismo cultural e diz esperar que o Maranhão retome o seu lugar no turismo de eventos, algo que foi perdido ao longo dos anos por conta de fatores como a dificuldade de conexão aérea, fruto da grande crise econômica brasileira.

Para essa retomada, o governo fomenta estratégias como a presença constante nos principais eventos de divulgação turística no Brasil e no exterior, divulgação com publicidades no mobiliário urbano, outdoor, participação do Estado em feiras de grandes centros emissores, como São Paulo, maior estado emissor de turistas do país. “Temos a infraestrutura turística de modo geral, que abrange investimentos privado, no caso da hotelaria, restaurantes, show, etc. Mas para que o setor se desenvolva mais, o estado precisa olhar as prioridades, como a construção de estradas, a exemplo do que já foi feito com a de Santo Amaro, a estrada de Barreirinhas  e a de Paulinho neves, ligando os Lençóis Maranhenses ao Delta do Parnaíba e ao litoral piauiense e cearense, compondo a chamada Rota das Emoções”, destaca.

Ainda sobre realizações para o fortalecimento do setor, o Portal Maranhão Negócios menciona a recuperação do Cais de São José de Ribamar, centro importante dos turismos regional e religioso. A cidade ganhará ainda a inauguração do Forte de Santo Antônio, para integrar de modo definitivo o complexo turístico da cidade.

Flavio Dino também fala sobre a conclusão da segunda etapa de recuperação da praia do Araçagi, além das obras na Lagoa da Jansen “Depois de dois anos de um  trabalho muito serio da CAEMA, estamos concluído essa conquista, que no futuro será um equipamento de lazer ainda  melhor. Investimos na recuperação da concha acústica, na Praça da Lagoa, para favorecer o turismo local, das  pessoas que moram próximas a São Luís, capitais vizinhas, aliás essa estratégia nós adotamos no São João e foi muito importante. Priorizamos os estados vizinhos e houve uma resposta positiva desses estados na participação das festas juninas”, relaciona.

O Portal Maranhão Negócios também indaga sobre a recepção aos turistas por parte da cadeia que trabalha o setor. Nesse ponto, o governador lembra que a Secretaria de Cultura e Turismo – SECTUR vem realizado ações de estímulo para a formação e capacitação da mão-de-obra, demanda nacional para um atendimento receptivo de maior qualidade.

Dando prosseguimento à entrevista, a jornalista Léa Martins, colaboradora do Maranhão Negócios, formula uma questão ao governador relacionada à crise econômica brasileira, lembrando que todos os estados brasileiros estão tendo que se adequar ao momento, e há aqueles que passam por severas dificuldades econômicas a exemplo do Rio de Janeiro, com atrasos no pagamento do funcionalismo público e caos na segurança pública.

Dino ressalta que sua administração trabalha a partir de um conceito de responsabilidade fiscal, que envolve equilíbrio de receitas e despesas algo “que é uma obrigação legal e moral de quem governa”, lembra o alcaide.

“Participo de um fórum de governadores e lá pactuamos  algumas medidas e fazemos um realinhamento tributário modesto em relação inclusive a que outros estados fizeram envolvendo a lei de comodatos do ICMS e de alguns produtos. Em itens nacionais como combustível e energia elétrica, o Maranhão tem uma carga tributária muito menor que a maioria dos estados, é importante ter honestidade intelectual e política para reconhecer isso, mas nós  continuamos a praticar alíquotas menores do que estados vizinhos ao nosso. Quem diz isso é a Aliança Nacional de Petróleo que divulga semanalmente o ranking do preço de combustível e mostra isso”, descreve.

Sobre as medidas de realinhamento de ICMS, o governador afirma que muito se fala em aumento, mas houve também diminuição. Lembra que a primeira medida tributária que tomou foi de redução de tributos.  Desde 2009 a tabela do ICMS para as empresas optantes do Simples estava congelada, o que onerava os micros e pequenos empresários. Recentemente, foi divulgado o novo Refiz, com dispensa de até 100% de juros e multas para quem paga as obrigações tributárias em dia.

Na continuação da entrevista, Portal Maranhão Negócios cita a Caravana para o Desenvolvimento Empresarial, iniciativa que tem percorrido o interior do Maranhão com uma proposta de dialogo aberto entre secretários do governo e o setor empresarial. Na réplica, o governador explica que foram escolhidas vinte cidades que polarizam regiões que têm setores de comercio e serviços mais potentes. Além dos diálogos, há a prestação de serviços das secretarias de Fazendo e de Meio Ambiente, para que as empresas possam sanar pendencias que tenham junto a esses órgãos.

Durante a Caravana, também é falado sobre o Programa Juros Zeros. “A Prefeitura de Florianópolis está oferecendo linha de  crédito de cinco mil reais,  nos oferecemos de R$20 mil, portanto é uma política mais favorável e tem tido o  reconhecimento de empresários e estamos buscando outros bancos para que nós possamos fazer isso de modo permanente que que é uma maneira, uma forma no estado fomentar a iniciativa privada independentemente do nome, CNPJ da empresa ou CPF do empreendedor individual ou do proprietário  da imprensa,  livremente as pessoas vão ao banco do Brasil, não tem nada a ver com o governo do estado, e  quem privar os requisitos estabelecidos pelo banco,  tem a garantia que o governo vai pagar os juros. É um modo também de um micro e pequena empresário poder respirar, sair da agiotagem, repor o estoque que precisa. É uma ação que tem tido grande sucesso na caravana”, ressalta.

 

A questão seguinte trata sobre as expressões “período de vacas magras” e “Deus proverá”, utilizadas pelo governador diante de um investimento de grande mobilidade urbana para a Grande São Luís e em um evento de cunho politico. Expressões que os opositores do governo de Dino utilizaram para dizer que o estado estaria “quebrado”.

Dino inicia dizendo que lamenta que “tem gente que não acredita que Deus proverá, eu acredito! É uma questão de fé, de crença de cada um e disse isso por duas ocasiões e vou continuar a dizer. Eu tenho essa fé e faço questão de sustentá-la publicamente. Agora, com relação a essa história que eu quebrei o Maranhãos… Eu até chequei a postar nas redes sociais… Levo na conta de uma piada, na verdade basta ter um pouco de bom senso e ver o noticiário nacional e vê a situação que o governo federal está, e que vários estados estão e comparar com a realidade do Maranhão”, argumenta.

Ele continua a réplica dizendo que semanalmente inaugura obras, lança serviços e que o Maranhão tem hoje um ritmo de investimento em obras que outros estados não têm.  O que foi conseguido com o bom uso dos recursos disponíveis oriundos do Estado e do governo federal, por intermédio do PAC – Programa de Aceleração do crescimento, recursos do BNDES, recursos da CEF, e de outros bancos.

“Usamos bem a arrecadação tributária, com transparência e honestidade,  não tem negociata, não tem falcatrua, e cortamos despesas onde poderíamos  cortar, e isso gerou espaço de crescimento. O Porto do Itaqui, por exemplo, no passado consumia milhões de reais,  dando bônus ilegais, gratificações ilegais, contratos ilegais, consultoria ilegais. Por que, agora, o Porto do Itaqui consegue fazer o que  nunca fez na história? Porque tem uma gestão séria. Consegue fazer um terminal, construir berço,  serviços complementares de combate ao incêndio dos mais avançado do mundo,  fez o cais de São José de Ribamar. O Porto responde hoje por 14.000 empregos, entre diretos e aqueles que giram em torno da atividade portuária, por que?  Porque  houve uma gestão que soube cortar despesas administrativas, custos indiretos que haviam,  a maioria deles infelizmente ilegais e soube focar no principal. Na administração pública, diminuímos o custeio em geral, fizemos uma política mais justa para os servidores, em vários segmentos, ampliamos  gastos com servidores, inclusive pra dinamizar a economia. Cortamos gastos supérfluos que havia como banquetes,  queijos, caviares, champanhe, lagosta, diárias, aviões,  helicópteros…  Hoje temos convicção  do que estamos fazendo, e reconhecemos com tudo isso que as vacas estão magras, mas para todos!  Gostaríamos que não estivesse, não foi eu quem fiz isso acontecer, mas tenho cuidado bem das receitas publicas que estão emagrecidas em razão dessa crise brasileira, e torço para que possamos recuperar a sua robustez em todo o país”, assevera Flávio Dino.

 

A segunda parte da matéria com a entrevista do governador Flávio Dino sairá nos próximos dias, aqui no Portal Maranhão Negócios. Assim como uma edição em vídeo com o mesmo teor.

 

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