Setor varejista se articula por políticas públicas

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Gerente executivo da CNDL, Daniel Sakamoto, destaca ação pelo fortalecimento do varejo. Foto: Divulgação

Com foco em todos os vetores econômicos do Maranhão, o Portal Maranhão Negócios (PMN) acompanhou nesta segunda-feira (18), o Seminário de Disseminação e Articulação de Propostas de Políticas Públicas para o Desenvolvimento do Varejo, realizado na Assembleia Legislativa.

O evento foi promovido pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Maranhão (FCDL-MA), com apoio da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa do Maranhão (FPME).

O Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo (PNDV) é uma iniciativa da CNDL em parceria com o Sebrae Nacional, que visa melhorar o ambiente de negócios do setor e fortalecer as lideranças desse importante segmento da economia brasileira.

O gerente executivo da CNDL, Daniel Sakamoto, deu entrevista exclusiva ao Portal Maranhão Negócios, na qual destaca essa ação articulada pelo desenvolvimento e fortalecimento do varejo brasileiro.

PMN – Qual a participação do setor varejista na economia brasileira?

Daniel Sakamoto – Hoje, aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e 60% dos empregos formais fazem parte do setor de comércio e serviços. O Sistema CNDL representa hoje 450 mil empresas em todo o país.

PMN – Com todo esse potencial, como o setor varejista é visto pelo poder público?

Daniel Sakamoto – No caso do varejo, o poder público não dá a mesma atenção que dá para a indústria e o agronegócio. Então, nosso objetivo é trabalhar para fortalecer essa representatividade e para que os benefícios e os avanços que o governo dá para outros segmentos também sejam contemplados para o varejo.

PMN – Então, de que forma está sendo feito esse trabalho de a representatividade do varejo seja reconhecida pelo poder público?

Daniel Sakamoto – O nosso instrumento que temos utilizado é Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo (PNDV), que é um convênio que foi firmado entre o Sistema CNDL e o Sebrae nacional com dois objetivos específicos: melhoria do ambiente de negócios e fortalecimento das lideranças. Este ano já realizamos mais de 40 ações em 16 estados com o intuito de elaborar propostas de políticas públicas, apresenta-las ao poder público, como também fazer com que o líder varejista se torne protagonista desse processo decisório.

PMN – O senhor informou que já foram realizadas mais de 40 ações. O que já houve de avanços desde o início do programa?

Daniel Sakamoto – Temos alguns avanços importantes como a criação de Frentes Parlamentares do Setor de Comércio e Serviços nos estados, além de contribuições pontual e específica nas reformas que estão sendo discutidas no Congresso Nacional. No caso da reforma trabalhista demos importante contribuição para a modernização da legislação; o mesmo acontece com a Reforma Tributária. 

PMN – Qual a sua expectativa em relação aos resultados desse seminário aqui em São Luís?

Daniel Sakamoto – Nossa expectativa é conseguir mostrar para o poder público estadual que o varejo está organizado e que suas demandas estão estruturadas. Então, esperamos que o poder público local possa levar em consideração as demandas do setor e formular suas políticas públicas no sentido de contemplar também o varejo e apoiar o seu crescimento. 

PMN – Todo esse trabalho que está sendo feito terá um momento de apresentação consolidada?

Daniel Sakamoto – Iremos aproveitar a realização do 3º Fórum Nacional do Comércio, que vai acontecer em Brasília, nos dias 24 e 25 de outubro, para mostrar aos parlamentares e líderes empresariais de todo o país um resumo desse trabalho. Acreditamos ser essa um material de extrema relevância, justamente por trazer uma consolidação desse mapeamento que estamos fazendo em todo o Brasil.

PMN – Que mensagem o senhor deixa para os empresários do varejo maranhense?

Daniel Sakamoto – O varejista precisa estar otimista, precisa acreditar que o que ele vai colher depende muito do que ele está fazendo hoje. Então esse otimismo e essa confiança de que a economia está melhorando e que a política está afastada das decisões econômicas, é importante para que ele possa se planejar e se concentrar no seu desenvolvimento.

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