Mercado de trabalho maranhense reage e retoma contratações

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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirma a criação 3.880 vagas em três meses

Foto: Reprodução

Após quase dois anos de saldo negativo, o mercado de trabalho maranhense reagiu e a retomada do emprego com carteira assinada voltou dar mais a esperança a quem está desempregado. Essa guinada iniciou em maio e até julho, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criadas 3.880 vagas no estado.

As atividades que mais contribuíram para a geração de emprego nos últimos meses no Maranhão foram a construção civil, indústria de transformação, agropecuária, serviços e comércio. Somente em julho foram criados 1.567 postos de trabalho.

Entre essas atividades, destaque para a construção civil, um dos segmentos de maior empregabilidade no estado, mas que devido aos reflexos da crise, teve forte retração, impactando em milhares de demissões. Mas com o reaquecimento do setor, as vagas de trabalho voltaram a se abrir. Foram 2.212 entre maio e julho.

Com forte vocação agrícola, o Maranhão deve colher na atual safra quase 4,8 milhões de toneladas de grãos, aumento de 93%. Mais do que comemorar uma produção recorde de alimento, por trás desse extraordinário resultado do campo está a geração de 1.174 empregos formais.

O presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez, confirma que o mercado de trabalho dá os primeiros sinais de recuperação, ao mostrar números de evolução positiva pelo terceiro mês consecutivo. “Os números ainda são tímidos, é verdade, mas animam”, ressaltou.

No mês de julho passado foram gerados 1.567 novos postos de trabalho, sendo 454 nas indústrias de transformação, particularmente as de produtos alimentícios e bebidas, e 1.027 na construção civil, concentrando-se esta na construção de edifícios e serviços especializados para construção.

“As expectativas dos empresários da indústria têm sido otimistas e o comportamento verificado no último mês se mostra como que um ”voto de confiança”, mas é preciso e urgente que se deem continuidade às reformas e que se promova um novo pacto federativo estabelecendo direcionamentos para um novo sistema tributário sério, geograficamente equilibrado e menos oneroso para a sociedade e para quem produz. Ao mesmo tempo, e enquanto tais reformas não saem, aposta-se que as medidas voltadas para as privatizações e concessões anunciadas possam animar o sistema produtivo”, assinalou Edilson Baldez.

Por sua vez, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) prevê o fortalecimento do mercado de trabalho até o final deste ano, após três meses consecutivos de alta na geração de postos de trabalho formais.

Com as contratações temporárias de fim de ano, que devem ser iniciadas a partir de setembro, a entidade acredita na contínua recuperação do mercado de trabalho, aumentando a demanda por consumo, e consequentemente, elevando a confiança do empresário para novos investimentos.

A entidade reforça o registro de saldo positivo de 1.567 novos postos de trabalho no Maranhão em julho, o que revigora a produtividade econômica, dando novo fôlego às atividades comerciais e do setor de serviços, maximizando as expectativas e a confiança das famílias.

Por outro lado, a aprovação das reforma trabalhista vai aprimorar a segurança jurídica no mercado de trabalho ao regulamentar novos modelos de contratos de trabalho e flexibilizar a negociação da jornada de trabalho, fatores que reduzem os custos para contratação de mão de obra e dão ao empregador uma maior confiança em aumentar seu investimento em contratação.

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